Autor: Tahereh Mafi
Editora: Novo Conceito
Páginas: 304
Ano: 2012
Onde comprar: Aqui
Classificação
Julliete não era como as outras pessoas, ela
possuía um dom,
uma maldição, com apenas 17 anos, ela era uma garota sofredora, com baixa auto-estima, ela se sentia um monstro. Quando seus pais descobriram que ao tocar em alguém, ela poderia machucar, ou
matar alguém, seus pais mantinham distancia dela, pois a considerava como uma aberração. Julliete não sabia o que era sentir um abraço de alguém, não foi pega no colo pelos pais quando era criança, não conhecia a intensidade de um toque. Ao saberem que ela possuía um toque letal, as pessoas começaram a sentir medo de Julliete, ninguém falava com ela, ninguém sentava ao seu lado na escola, e todo santo dia ela passava por humilhações, deboches e desprezo.
Meus pais pararam de me tocar quando passei a engatinhar. Fiz meus colegas de classe chorar só por lhes segurar as mãos. Os professores me faziam trabalhar sozinha para que eu não machucasse as outras crianças. Nunca tive um amigo. Nunca conheci o aconchego do abraço de uma mãe. Nunca senti a ternura do beijo de um pai. Eu não sou louca. Pág. 23
Apesar de sofrer tanto com as maldades das pessoas, Julliete era bondosa, generosa com eles, embora ninguém merecesse, ela nunca desejava o mal de ninguém. Ao tentar ajudar uma criança que estava sendo maltratada pela própria mãe, Julliete tocou no menino acidentavelmente e quando percebeu a criança estava morta. A notícia espalhou para todos os cantos, e as pessoas ficaram ainda mais assustadas com ela. Quando seus pais souberam, a levaram-na para psicólogos, médicos e psiquiatras, mas de nada adiantou. Por fim seus pais,
sua própria família, levaram-na para um manicômio. Passaram-se
duzentos e sessenta e quatro dias, e Julliette continuava trancafiada em uma cela naquele
manicômio horrível, sem companhia, sem falar com alguém, sem poder tomar um banho descente, sem poder se alimentar direito, ela vivia em solidão e angustia.
Estou aprisionada há 264 dias.
Não tenho nada senão um caderno e uma caneta quebrada e os números na cabeça para me fazer companhia. Uma janela. Quatro paredes. Espaço de 1, 48 m². Vinte e seis letras de um alfabeto do qual não fiz uso em 264 dias de isolamento. Pág. 5
Quando ela menos espera, recebe uma notícia que receberia um companheiro de cela, algo que para ela foi uma grande surpresa, pois não era de costume os internados ter um companheiro, principalmente do sexo oposto.
Adam Kent era um garoto
lindo, fofo, apaixonante, sexy, jovem, e parecia bastante familiar. Ele sem ao menos perguntar, já chega pegando a cama de Julliete, (na cela havia apenas uma cama) e ao invés dela expulsá-lo, ela permanece em seu canto, distante dele, sem dizer uma palavra, apenas observando e escrevendo em seu caderno. Embora ela tenha uma leve impressão de já o ter visto antes, ela manteve distancia, pois não queria uma aproximação com um estranho.
- Não entendo, por que você não fala comigo? Você senta no seu canto todos os dias e escreve em seu caderno e olha para tudo exceto para o meu rosto. Você tem tanto a dizer a um pedaço de papel enquanto estou bem aqui e você nem fala comigo. Pág. 39
Após alguns dias, Julliete começou a se “acostumar” com a presença de Adam ali, e aos poucos foi mostrando para o seu companheiro como funcionava as coisas, ele era bom com ela, e parecia que queria o seu bem, depois de muito tempo, Adam foi a única pessoa com quem ela conversou, na verdade... foi o único que lhe deu uma maior atenção, ele estava sendo um amigo que ela nunca teve, e com os dias ela foi confiando mais nele.
Duas semanas de mesma rotina, duas semanas de nada a não ser rotina. Duas semanas com o companheiro de cela que chegou muito perto de me tocar que não toca em mim. Adam está se adaptando ao sitema. Ele nunca reclama, ele nunca fornece muita informação, ele continua a fazer perguntas demais.
Ele é bom amigo. pág. 35
Quando eles começaram a se entrosar, foram pegos de surpresa ao verem soldados armados entrando na cela, e levaram Julliete para o local conhecido como “
O Restabelecimento”. Um local cujo estava dominando o mundo, eles diziam que daria paz, comida, segurança para todos, mas ao inves disso, eles estavam roubando tudo, fazendo o povo sofrer. Ao chegar lá, Julliete conheceu o comandante, um jovem muito bonito,
muito gato, porem lunático.
Waner tinha apenas 19 anos, mas comandava O Restabelecimento, comandava o exercito, comandava tudo e com isso ele era temido por todos a sua volta, pois não tinha bondade em seu coração e apenas pensava em poder e guerra. Mas para piorar Julliete descobre que um dos seus soldados era Adam, o menino cujo esteve juntamente com ela, na cela do manicômio, aquele garoto,
lindo, maravilhoso, a qual ela pensava ser seu amigo. Obviamente de início ela pensa que Adam o traiu, que ele apenas estava em sua cela para vigiá-la ( e não foi?), mas não foi exatamente isso o que aconteceu.
Aos poucos tudo é esclarecido, e Julliete percebe que talvez ela poça realmente confiar em Adam, e a cada dia ela entende a intensão de Waner. Ele sabia do seu poder, e queria usá-la como arma principal para ele. Sendo que Julliete não queria machucar ninguém, não queria ser usada como um objeto, e ela lutará para conseguir escapar dos planos de Waner, tendo como uma ajuda
Sou a arma deles.
Lutarei contra eles.
Depois de ler muitas criticas a cerca deste livro, fiquei muito curiosa para conhece-lo, embora eu não tenha um costume de ler livros de distopia, eu estava muito animada em saber o motivo do livro ser tão comentado ultimamente. Assim quando li o primeiro capitulo (que por sinal todos são bem curtinhos), eu senti a necessidade de continuar lendo e lendo ainda mais. O livro é viciante, interessante e cativante, e a história é um mar de sentimentos.
Tahereh Mafi escreveu de uma forma bem diferente, e isso me chamou bastante atenção, achei interessante a forma em que ela colocava frases
riscadas, fazendo com que os leitores deduzissem que os textos eram os pensamentos de Julliete. Acerca dos personagens, eu amei, a protagonista embora tenha apenas 17 anos, era uma pessoa segura, forte, e bondosa. Adam é um garoto que me conquistou desde a primeira vez que foi citado no livro, ele é lindo, sexy, confiante, encantador (suspiro), só tem um defeito... ele é apenas um personagem ( que pena). Warner foi o primeiro vilão que gostei, sei que não podemos ficar defendendo os vilões, mas Warner também me conquistou, apesar dele ser um manipulador, lunático, ele me pareceu bondoso algumas vezes, não me batem ou xinguem, mas gostei bastante dele. Gostei também dos outros personagens, dei risadas com o irmão de Adam, o
James, e com o amigo, o
Kenji. No final do livro, me senti assistindo ao filme
X-Men ( leia o livro para entender) e gostei bastante. O livro acabou e eu fiquei ali olhando para a última página, sem acreditar, eu queria mais! Por sorte a estoria de Julliete não acabou, pois o segundo do livro da trilogia esta previsto para lançar em 2013 no EUA, espero que não demore a chegar aqui.
Estilhaça-me foi um dos melhores livros que li neste ano. Algo que não gostei, foi que no livro tinha muitas palavras repetidas, e a pontuação deixou a desejar em alguns pontos do livro, mas isso não dificultou a leitura, e eu poderia classificá-lo com 4 estrelas por esse motivo, mas classifiquei 5, pois "Estilhaça-me" foi espetacular. A escrita é leve e flui naturalmente, com um tom poético e belíssimo, faz com que viajamos literalmente em emoções. Eu recomendo este livro para todos, principalmente se você quer ler algo diferente, emocionante, empolgante, Estilhaça-me é o livro certo!
Uma opinião a mais:
Capa: Alguns não gostaram da capa, mas eu gostei, a modelo da capa, fez com que eu tivesse alguma noção de como a Julliete poderia ser, amei o tom prateado e porpurinado , e as frases são bem marcantes, enfim, a capa foi muito bem criativa.
Comentários
Ah e vim avisar que mudei novamente o banner do blog não me xingue, não me mate ;x rs esse é definitivo agora.
Beijos.
Ele já está na minha lista de desejados! hehe
Beijos
Beijos!
Paloma Viricio- Jornalismo na Alma
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Obrigada pela visita.
Assim quando eu puder eu vou responder e retribuir o seu comentário, por isso eu te peço que não esqueça de colocar o link do seu blog aqui.
Volte sempre!
Beijinhos.